há 7 meses

Presença marcante nos Festejos Farroupilhas, cavalos precisam de manejo especial, destaca associado da Unitec

Presença marcante nos Festejos Farroupilhas, cavalos precisam de manejo especial, destaca associado da Unitec

Companheiros inseparáveis, o gaúcho e o cavalo estão juntos na lida de campo e nos deslocamentos pelas fazendas. Aliás, no Rio Grande do Sul, o cavalo crioulo é animal-símbolo e, com a aproximação da Semana Farroupilha, torna-se ainda mais comum a presença dos animais pelas ruas e em eventos tradicionais nos festejos. Portanto, os equinos precisam receber atenção especial.

De acordo com o instrutor do Senar-RS, Guilherme Silveira Rodrigues de Freitas, que ministra o curso Manejo de Equinos, em desfiles com os equinos, além dos cuidados com o arreamento, alimentação e estética do animal, é preciso atentar para o manejo sanitário que faz parte do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos do Ministério da Agricultura.

“Para transitar e participar de eventos equestres, os animais precisam testar e apresentar na Inspetoria o laudo negativo para Anemia Infecciosa Equina (AIE), bem como apresentar a carteira de vacinação atualizada contra a Influenza Equina/gripe equina. Para a gripe equina, a vacina deve ser aplicada por um médico veterinário de 15 a 30 dias antes do evento, com validade de um ano”, explica Guilherme, que é médico veterinário e associado da Unitec.

Portanto, para os eventos, é exigido o exame de diagnóstico negativo para AIE e a vacinação para Influenza Equina, quando será emitida uma Guia de Trânsito Animal por equino. Para cada animal também é fornecida pulseira de identificação e de liberação sanitária.

O profissional destaca que a Anemia Infecciosa Equina não é uma zoonose. Ela é uma doença viral, transmissível e incurável, que ataca os equídeos de qualquer raça, sexo e idade, e é conhecida como a Aids dos equinos. “O animal, uma vez infectado, torna-se fonte de infecção permanente para outros equídeos. É transmitida por contato sanguíneo por picada de insetos hematófagos (mosquitos, mutucas e moscas), agulhas, seringas, material cirúrgico, feridas causadas por esporas, arreios e freios, secreções de sêmen, saliva, urina, colostro, leite, via transplacentária e venérea.”

Segundo Guilherme, na maioria das situações, a AIE é uma doença silenciosa (assintomática), sendo descoberta apenas quando ocorre algum evento e há necessidade da realização de exame laboratorial. Se o resultado for positivo, o animal precisa ser eutanasiado por órgão oficial (no caso a Inspetoria Sanitária Estadual) e a propriedade onde este animal se encontra será notificada e serão tomadas as mediadas regulamentares cabíveis”.

O curso Manejo de Equinos do Senar-RS, que Guilherme está habilitado a ministrar, aborda assuntos como comportamento, tipos de sistemas de criação, manejo de potros e potrancas, principais raças e pelagens, equipamentos e instalações de uso diário, noções de ferrageamento e casqueamento, cuidados no manuseio e aplicação de medicamentos e vacinas, manejo alimentar, anatomia e fisiologia, manejo sanitário - doenças, alterações e acidentes que ocorrem com os cavalos.

Guilherme é médico veterinário formado em 2003 na PUCRS de Uruguaiana e possui pós-graduação em Produção, Tecnologia e Higiene de Alimentos de Origem Animal pela UFRGS e em Gestão da Qualidade, Higiene e Tecnologia de Carnes e Derivados pela Universidade Candido Mendes/RJ.

Durante oito anos, o profissional foi Oficial Tenente Veterinário pelo 8º Regimento de Cavalaria Mecanizado em Uruguaiana e trabalhou diretamente com 230 cavalos (com clínica cirúrgica e sanidade), e realizou auditorias internas nas cozinhas dos quatro quartéis de Uruguaiana. Também atuou como fiscal sanitário no Serviço de Inspeção Municipal de Uruguaiana por quatro anos.

Residente em Uruguaiana, Guilherme é instrutor do Senar-RS desde o início deste ano e também ministra o curso Boas Práticas na Fabricação de Alimentos (BPF), que é uma exigência da Vigilância Sanitária. Nele, são abordados temas sobre boas práticas de manipulação e higiene, dentre outros aspectos importantes, como microbiologia dos alimentos, higiene, hábitos higiênicos, saúde e proteção dos colaboradores e controle da água.

Também integra o conteúdo programático do curso noções sobre manutenção das áreas físicas externas e internas de indústrias, agroindústrias, açougues, fiambrerias, laticínios e serviços de alimentação, bem como controle integrado de pragas e vetores, qualidade e higiene dos equipamentos, utensílios, instalações e móveis, recepção, processamento, embalagem, armazenagem da matéria-prima e insumos, destinação dos resíduos e efluentes e transporte dos produtos alimentícios.

Interessados em participar dos cursos devem procurar o Sindicato Rural de seu município ou região.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação


há 7 meses

Associada da Unitec recebe Troféu Senar O Sul

Associada da Unitec recebe Troféu Senar O Sul

“O dia 27 de agosto de 2023 nunca mais sairá da minha memória, pois foi quando recebi o Troféu Senar O Sul - Jovem Produtora Rural. O troféu representa para mim o dia em que foi coroada uma história de apenas 25 anos. O dia que tornou realidade os sonhos da minha mãe. O dia que meu pai nasceu para viver. O dia em que a família Agropecuária Zambiasi esteve em destaque.” É assim que Larissa de Souza Zambiasi define a premiação recebida na 19ª edição do Troféu Senar O Sul, na categoria Jovem Produtora Rural.

Realizado no último dia 27 na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, o evento foi promovido pela Rede Pampa e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), em parceria com a Icatu Coopera e a Rio Grande Seguros, agraciando 17 lideranças, empresas e entidades gaúchas e nacionais ligadas ao agronegócio que mais se destacaram no segmento durante o ano.

Para a jovem produtora rural, foi uma honraria receber a homenagem, que faz jus ao seu propósito e essência. “Sou, sim, uma jovem produtora de leite, filha de pequenos produtores rurais da região Norte do Rio Grande do Sul, inquieta e sempre pronta para ir além, e que aproveita as oportunidades”, destaca Larissa.

A premiação do Troféu Senar O Sul integrou a programação da 46ª Expointer e é considerada o Oscar do Agronegócio. “Esse troféu inesperado reafirma meu propósito. Prometo seguir produzindo alimentos para o mundo, buscando mais representatividade para os jovens, lutando pelo agronegócio e cooperativismo, sempre defendendo nossa cadeia produtiva. Agradeço imensamente o reconhecimento”, finaliza.

Larissa reside em Rio Bonito, interior de Coqueiros do Sul. É Tecnóloga em Gestão de Cooperativas pelo Cesurg e Mestre em Desenvolvimento Rural pela Unicruz. Produtora de leite e sucessora familiar no empreendimento da família, faz parte da segunda geração da Agropecuária Zambiasi. 

Atualmente, ela trabalha e faz a gestão da propriedade e também atua na área educacional, no programa Aprendiz Cooperativo do Campo, realiza treinamentos para o Senar-RS, para cooperativas do Estado e é professora universitária no Cesurg e na Unisinos. Associada da Unitec desde março deste ano, Larissa também atua no programa CNA Jovem, Etapa Estadual, que está na quinta edição.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação