há 3 anos

Hortas domésticas: alimentação nutritiva e saudável, com procedência e economia

Hortas domésticas: alimentação nutritiva e saudável, com procedência e economia

Constituir hortas e produzir hortaliças em pequenos espaços é uma alternativa para a agricultura em áreas urbanas que tem se tornado cada vez mais comum. Os motivos são os mais variados, desde poder produzir alimentos frescos, mais saudáveis, sem agrotóxicos e com procedência conhecida, além de ser uma forma de fazer economia.

A informação é da engenheira agrônoma Juceli Regina Boschetti, associada da Unitec. A profissional explica que a economia está relacionada a curto e longo prazo. “No curto prazo seria o fato de estar plantando por meio de mudas adquiridas com menor custo e podendo colher a qualquer tempo quando pronta para o consumo, sabendo que todos os nutrientes e vitaminas estão prontos para agir em você. Imagine você morando sozinho e consumindo seis folhas de alface por dia, mas não todos os dias. Então, caso você não planta, irá comprar um pé de alface em que irá retirar as seis folhas até consumir a última folha, que possivelmente não terá mais nutrientes.”

Já a longo prazo, a economia estará associada à sua saúde: menos problemas, menos farmácia e mais vida. “Se olharmos para a cesta básica de alimentação do brasileiro, não encontramos hortaliças e nem frutas, ou seja, acaba sendo uma alimentação de carboidratos. É preciso reverter essa forma de alimentação para todos terem mais saúde. A partir daí é que estará nossa maior economia”, destaca.

Cuidados básicos para produzir hortaliças em casa
A engenheira agrônoma esclarece que se deve ter alguns cuidados básicos para produzir hortaliças em casa, atendendo critérios. Um deles é o local, que deverá ter uma boa luminosidade, radiação solar voltada para o nascer do sol, com temperaturas acima de 20ºC e abaixo de 32ºC. Este local deverá será bem arejado e com fácil acesso à água para irrigar diariamente as plantas, sem provocar encharcamento.

Quanto ao solo (terra), deverá ser preparado algum tempo antes com terra preta, mais húmus de minhoca ou material decomposto. Após vem a escolha mudas sadias ou sementes com data de validade válida. E, não menos importante, ter vontade e gostar de fazer.

Hortas domésticas e a qualidade na alimentação
Atualmente, muito tem se falado sobre qualidade da alimentação. Neste sentido, as hortas domésticas podem contribuir. Juceli explica que as hortas alimentam de duas formas. A primeira forma de alimentar é o corpo nos saciando a nossa matéria, e a outra forma é o mental, uma forma coadjuvante de prevenir o estresse cotidiano, quando interagimos com a natureza.

“Quando temos hortas domésticas, teremos alimentos frescos, colhidos na hora, sem agrotóxicos, e uma vida mais saudável. Saber a procedência e dizer que ‘fui eu quem plantei’ é imensurável”, afirma Juceli.

Segundo ela, os alimentos poder ser classificados de várias formas. A mais simples é a que os separa em três grandes grupos de acordo com a principal função no organismo. “Eles podem ser energéticos, como pão, arroz, mandioca; podem ser construtores, como as carnes, ovos, peixe e leite; e reguladores, que servem para o bom funcionamento do organismo, crescimento e a prevenção de doenças - sendo este o grupo das hortaliças e frutas.”

Juceli elucida que as hortaliças são pobres em calorias e ricas em água, fibras, vitaminas, minerais e fotoquímicos, substâncias bioativas que auxiliam na redução do risco de doenças como o câncer e doenças do coração. Por isso, é recomendada a ingestão de três porções diárias de hortaliças ou frutas.

É possível cultivar hortaliças sem agrotóxicos?
A resposta é sim! Conforme Juceli, as hortaliças têm um ciclo curto de produção. Se o local for adequado, se o solo for bem nutrido, tiver água de qualidade disponível, sem excessos, e uma boa luminosidade, a planta estará em equilíbrio e dificilmente haverá pragas e doenças. 

“Mas, se tiver algum ataque de doenças ou pragas, podem ser usados produtos orgânicos para minimizar os danos. As hortaliças só terão pragas ou doenças se a planta estiver em desequilíbrio com o meio em que ela sem encontra, como falta ou excesso de nutrientes e de água”, adverte.

Horta vertical: opção para quem mora em apartamento
Para quem mora em apartamento, também é possível ter uma horta doméstica, também chamada de horta vertical. Existem diversas maneiras de cultivar uma horta vertical, sendo muito mais simples do que se imagina.

A associada da Unitec revela que para ter um sucesso neste projeto é preciso um pouco de planejamento, como a escolha do local (varanda ou janelas) e dos vasos que serão usados.

Primeiramente, busque pelos raios de sol: escolha um lugar para a horta no apartamento que tenha a incidência de sol por pelo menos quatro horas por dia. A maioria das hortaliças plantadas em hortas necessita desse tempo.

Depois, escolha os vasos: o ideal são os vasos com furos para que escorram a água irrigada. A profundidade do vaso também é importante para que as raízes tenham espaço para crescer. Vasos de 15 a 20 centímetros de profundidade permitem o plantio de quase todos os tipos de hortaliças folhosas, condimentares e aromáticas.

É hora de colocar a terra: isso influenciará muito na qualidade do que irá se colher porque as plantas precisam de uma base rica em nutrientes para crescerem bem. O solo deverá recriar as condições próximas do ecossistema original da planta e como serão utilizadas mudas de hortaliças com ciclo de vida curto, os nutrientes se tornam muito necessários. A terra também deverá ser aerada, com boa concentração de matéria orgânica para permitir a entrada de oxigênio e conservar uma boa umidade.

Na sequência, vêm as sementes ou brotos: para iniciantes e os que buscam resultados mais rápidos, o ideal é começar adquirindo mudas. Algumas hortaliças, como nabo e cenoura, não se adaptam a essa opção, mas outras como alface, temperos verdes, tomates e pimentão, sim. Existem alguns cuidados na hora de plantar as mudas, principalmente o de não danificar suas raízes. Abra buracos grandes o suficiente na terra no momento de colocar as mudas, e em seguida pressione um pouco o substrato que se encontra ao redor da planta e regue com água.

Água é fundamental: a rega deverá ser diária, mas varia quanto ao tipo da hortaliça, pois nem todas pedem a mesma quantidade de água ou o mesmo tipo de rega. Em alguns casos as raízes devem ser molhadas, em outros apenas as folhas. Outro ponto a levar em consideração é a época do ano e região do país em que se mora. Pois, de acordo com os níveis de umidade e temperatura do ambiente, as plantas precisam de mais ou menos água. O ideal é que a rega da horta no apartamento aconteça no início da manhã ou fim da tarde para que a água não evapore por conta do calor do dia, e às vezes necessita tanto de manhã como no fim da tarde.

Juceli explica que, para pequenas hortas verticais, não há necessidade se ater ao calendário agrícola, pois o ciclo das hortaliças é curto. O mais importante é levar em consideração a variedade. Por exemplo, neste momento, considerar variedades de alface de verão, como Alface Americana Lucy Brown, Alface Americana Delicia, Alface Mimosa Brava e Alface Crespa Hortência.

“Geralmente, nos pequenos espaços, queremos hortaliças que se consomem diariamente, como temperos verdes (salsa, cebolinha, coentro), algumas variedades de alface, acelga, chicória, rúcula, couve folha, alecrim, poejo, hortelã, erva cidreira, manjericão e alfavaca, e as hortaliças de fruto, como pimentão, tomate e pimentas. Já as hortaliças de raízes e tubérculos não são recomendadas para plantio em pequenos espaços”, finaliza.

Associada da Unitec há 15 anos, Juceli é especialista em Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental e cursa MBA em Gestão de Pessoas e Liderança. Atualmente, efetua atividades relacionadas ao meio ambiente, realizando projetos para licenciamento ambiental, perícias ambientais e agronômicas, é instrutora na área de hortaliças convencionais básico, produção, construção e manejo de estufas de hortaliças e saneamento básico rural, e é estudiosa em Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e plantas medicinais.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

Confira Live Unitec Responde sobre horta em pequenos espaços!

 


há 3 anos

Tuberculose e brucelose: por que é importante controlá-las?

Tuberculose e brucelose: por que é importante controlá-las?

Devido ao impacto econômico e a gravidade das doenças para a saúde pública, o controle e erradicação da tuberculose e da brucelose é de extrema importância.

A médica veterinária Cleusa Regina Billig Vizzotto, associada da Unitec, atua diretamente com rebanhos bovinos e, consequentemente, no combate a estas doenças.

Sintomas da tuberculose não são perceptíveis aos produtores, pois seu aparecimento é lento
Ela explica que a tuberculose bovina é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium bovis, que afeta, principalmente, bovinos e búfalos. “Esta zoonose - doença que pode ser transmitida de animais para humanos - é de evolução lenta, em contraste com a tuberculose humana, cujo agente M. tuberculosis é patogênico para o homem, mas não para os bovinos, caracterizada pelo desenvolvimento de lesões nodulares (caroços) que podem ser localizadas em qualquer órgão do animal.”

Esta doença se torna crônica nos animais e é transmissível para o homem, segundo a profissional. Nos bovinos, a doença causa lesões em diversos órgãos e tecidos, como pulmões, fígado, baço e até nas carcaças, podendo ser encontradas também lesões no úbere das vacas. “Dependendo da fase da infecção, os animais podem exibir emagrecimento acentuado e tosse, mas, muitas vezes, as alterações da tuberculose não são perceptíveis aos produtores, pois o aparecimento de sintomas é lento, podendo levar meses.”

Cleusa diz que a doença era muito comum antes da invenção da pasteurização, mas diversos queijos ainda são feitos apenas com leite não pasteurizado e podem ser fontes de contágio, ou pela ingestão de carne e seus derivados mal cozidos e convivência com animais contaminados.

Os animais se contaminam principalmente pela respiração, através do contato direto ou indireto com animais doentes. A transmissão também pode se dar pela ingestão de pastagens, água e alimentos contaminados, principalmente o leite.

Já a brucelose bovina é uma doença infecciosa crônica que atinge os bovinos e se manifesta principalmente por abortos no terço final da gestação e nascimento de bezerros fracos, além de ser uma zoonose também causada por uma bactéria, a Brucella abortus.

Um dos principais fatores de risco para a introdução da brucelose em um rebanho livre é a aquisição de animais sem teste negativo para a doença, principalmente aquisição de machos para reprodução. 

Zoonoses causam grande impacto
Sobre o impacto econômico e a gravidade dessas doenças para a saúde pública, Cleusa explica que, no Brasil, calcula-se que por volta de 1,3% do rebanho bovino nacional esteja infectado por M. bovis. Na maioria dos animais infectados, a doença tuberculose é subclínica, mas pode levar a perda de 10-25% da produção, em carne ou leite.

“Quando não se dá a devida importância ao diagnóstico, a doença se torna crônica e sem sinais clínicos alarmantes, mas provoca queda no ganho de peso, diminuição na produção de leite, descarte precoce de animais, eliminação de animais de alto valor zootécnico, condenação de carcaças no frigorífico, morte de animais na propriedade e, até, perda de credibilidade da unidade de criação (propriedade).” Além disso, pode causar enfermidades nos humanos que consomem leite, carne e subprodutos de animais contaminados.

Quanto às perdas que ocorrem pela infecção por B. abortus, Cleusa ressalta que estão relacionadas à baixa eficiência reprodutiva dos animais, com consequente diminuição da produção do rebanho. A ocorrência de abortos provoca um aumento no intervalo entre partos o que ocasiona à diminuição da produção de leite.

A contaminação do homem, pela brucelose, ocorre pelo contato de mucosas ou de soluções de continuidade com o agente. Nos grupos ocupacionais de maior risco (veterinários e peões), isto ocorre durante manipulações de material de aborto ou parto e de carcaças de animais infectados ou materiais de trabalho contaminados. Outras fontes de contaminação para a população em geral é a ingestão de leite cru ou produtos lácteos preparados com leite cru e carne crua, mal assada ou mal cozida contaminadas.

Diagnóstico e prevenção
De acordo com a profissional, a tuberculinização é o teste padrão para a descoberta da tuberculose em bovinos e bubalinos e apresenta como vantagens a alta eficiência dos testes padronizados, a capacidade de detectar infecções recentes (3-8 semanas) e a simplicidade de sua execução. As desvantagens são a possibilidade de reações inespecíficas, a ocorrência de animais anérgicos (não apresentam resposta ao teste), o período de intervalo mínimo entre testes (60 dias) e a exigência de duas visitas à propriedade (dia do teste e dia da leitura-72 horas após inoculação da tuberculina).

Não há vacina nem tratamento viável para a tuberculose bovina. Portanto, é de extrema importância que o produtor leiteiro tenha um manejo sanitário preventivo.

Para detectar a brucelose pode ser feito um teste com soro de bovinos. A detecção de anticorpos no soro ou leite é o meio mais rápido, barato e menos laborioso de diagnóstico e é um indicativo confiável de resposta à exposição a B. abortus.

A brucelose pode ser prevenida por meio da vacinação de fêmeas entre 3 e 8 meses de idade, com a vacina B19. Caso o animal passe dessa idade e não receba a vacina, pode ser utilizada a vacina RB51 em fêmeas bovinas de 3 até 24 meses. Todas as fêmeas vacinadas devem ser marcadas no lado esquerdo da cara.

Animais com as zoonoses devem ser abatidos e/ou sacrificados
A veterinária destaca que, em relação ao agronegócio, o controle e a erradicação da tuberculose bovina são justificados pelo impacto negativo da doença na produtividade pecuária e pela necessidade de se manter o comércio de carne e produtos de origem animal com outros países.

Entretanto, existe uma resistência dos proprietários em aderirem ao sistema ‘teste e abate’, sobretudo em situações de alta prevalência, e pela falta de uma política vantajosa de ressarcimento financeiro aos produtores. “Todavia, com a erradicação da tuberculose bovina, os ganhos com agregação de valor ao produto nacional e ao aumento nas exportações dos produtos de origem animal, podem tornar essa política, em longo prazo, viável economicamente”, acrescenta.

Cleusa afirma que, em uma propriedade com animais positivos, deve-se proceder com esclarecimentos sobre a doença, planejamento de combate, destinação dos animais reagentes, isolamento, desinfecção de instalações, observação de animais não reagentes, intervalo entre tuberculinizações, exame de saúde das pessoas envolvidas no processo e observação de outros animais da propriedade.

“Quando detectada a tuberculose ou brucelose, o médico veterinário habilitado precisa fazer a marcação dos animais positivos e notificar à defesa sanitária e os mesmos devem ser abatidos e/ou sacrificados no período de até 30 dias. O recomendado é que esses animais sejam encaminhados para abate sanitário em locais que possuam serviço de inspeção de carcaças. Se esta opção for inviável, eles podem ser sacrificados na propriedade, devendo ser assistido/ acompanhado pelo serviço oficial de defesa sanitária animal. Igualmente, animais positivos para brucelose, também devem ser sacrificados. E os trâmites são os mesmos para ambas as enfermidades”, esclarece Cleusa.

Programas públicos visam diminuir a incidência das enfermidades
Em vigor desde 2001, o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT) tem como proposta diminuir a prevalência e a incidência dessa enfermidade, atingindo um número significativo de propriedades certificadas como livres da doença. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pode indenizar o produtor em até 25% do valor de avaliação de um animal positivo. Mas, para isso, devem ser preenchidos requisitos pré-estabelecidos.

Segundo Cleusa, existe no Rio Grande do Sul um programa de indenizações aos produtores rurais, chamado Fundesa, que funciona da seguinte forma: todos os produtores que emitem nota fiscal de venda de animais ou seus subprodutos para a indústria têm retidos um percentual para o fundo indenizatório, que servirá para auxiliar produtores em emergências sanitárias, previstas em legislação, nos seus rebanhos, e relacionadas a enfermidades previstas em seu estatuto, sendo que tuberculose e brucelose fazem parte desse rol.

O desconto do Fundesa no caso dos bovinos e bubalinos, por exemplo, é de R$ 1,0720 por cabeça abatida, sendo que metade é paga pelo produtor e a outra metade pela agroindústria. Já no caso da produção leiteira, o valor é de R$ 0,00126 por litro ou R$ 0,6300 por lote de 500 litros. Esses valores são validados todo início de ano e o valor de indenização varia conforme avaliação.

Saneamento oportuniza a reestruturação sanitária da propriedade
As medidas de erradicação da brucelose e da tuberculose das propriedades visam não somente a saúde dos animais, como a saúde do produtor. Neste sentido, Cleusa destaca que é preciso sempre levar em conta que se procura proteger o humano da contaminação por uma dessas enfermidades ou zoonoses. “O saneamento, mesmo parecendo prejudicial economicamente, é capaz de proporcionar mudanças, oportunizando a reestruturação sanitária de uma propriedade, provocando elevação nos níveis de receitas, podendo torná-las positivas e concretas, para a propriedade ou empresa rural.”

Cleusa, que é associada da Unitec há nove anos, presta serviços para a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa. “Inúmeras organizações, especialmente cooperativas, estão estimulando que seus associados, produtores de leite, realizem testes de tuberculose e brucelose em seus rebanhos, por meio do pagamento de bônus por litro de leite produzido por vacas testadas e negativadas. A Cooperativa Santa Clara, seguindo esse caminho e no intuito de agregar valor ao produto antes da industrialização, também faz com que seus cooperados produtores realizem testes em seus animais de produção. E as cooperativas e algumas empresas, inclusive, pagam total ou parcialmente os testes.”

Nas propriedades onde realiza atendimento, a maioria de pequeno porte, Cleusa diz que, felizmente, não é comum o aparecimento de animais positivos nos testes. “O percentual de animais positivos é pequeno. O fato de estarmos testando rebanhos nessa região, há 10 anos, faz com que diminua a incidência das doenças, pois esses testes periódicos servem para controlar o aparecimento das enfermidades. Mas atendo uma grande propriedade leiteira onde já tivemos que eliminar 135 animais com tuberculose”, finaliza.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação


há 3 anos

Unitec 25 anos: ‘A união e a vontade de termos um negócio próprio marcaram nossa trajetória, destaca sócio-fundador

Unitec 25 anos: ‘A união e a vontade de termos um negócio próprio marcaram nossa trajetória, destaca sócio-fundador

No ano em que completa 25 anos de atuação, a Cooperativa de Técnicos do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unitec), com sede em Três de Maio, celebra as parcerias de trabalho construídas, bem como a dedicação dos associados.

Os 28 sócios-fundadores tiveram papel fundamental na criação e consolidação da cooperativa. O engenheiro agrônomo José Álvaro Pacheco compõe o grupo de fundadores da Unitec.

Ele destaca que é uma imensa satisfação fazer parte da equipe técnica qualificada e que até hoje segue prestando serviços, com muita seriedade e responsabilidade, em diferentes partes do Brasil. Ele inclusive foi presidente da Unitec, na quarta gestão, no período de 2010 a 2012. “Ter recebido o respaldo dos colegas para ser presidente da cooperativa me dá muito orgulho”, ressalta.

Pacheco diz acreditar que, sozinho, o caminho seria muito mais difícil. “Talvez seja complexo para alguns sócios novos entenderem porque temos toda gratidão e emoção quando falamos desta caminhada, mas a decisão que tomamos lá em agosto de 1996 fez toda a diferença nas nossa vidas.”

 O engenheiro agrônomo relembra que, na época da fundação da Unitec, enfrentavam um ambiente de muita instabilidade dentro da Cotrimaio, sem saber sobre como iria ficar o departamento técnico de junho de 1996 em diante. “Neste momento, a união e companheirismo do grupo foi fundamental para decidirmos criar a Unitec e propor a terceirização dos serviços”, afirma.

Ele diz recordar-se bem das incertezas que rondavam os profissionais, mas 90% dos colegas (médicos veterinários, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e inseminadores) aceitaram o desafio. “Este fato marcou definitivamente a construção da cooperativa Unitec. Neste momento surgia o embrião de uma das primeiras cooperativas de trabalho técnico em agropecuária do Estado e talvez do Brasil. A união e a vontade de termos um negócio próprio marcaram nossa trajetória”, relembra.

Pacheco conta, também, que na época da fundação da Unitec, seu segundo filho havia nascido, o que tornava a decisão mais difícil ainda. “Mas, com muito empenho e a vontade daquele grupo, os obstáculos foram superados e hoje somos reconhecidos. Todos tiveram um grande crescimento como profissionais e cidadãos”, acrescenta.

Natural de Jaguarão, Pacheco é pós-graduado em Manejo da Fertilidade do Solo em Sistema Plantio Direto e Gestão de Cooperativas e hoje presta serviços para o Senar-RS e Sebrae RS, além de consultorias a produtores rurais nas áreas de manejo da fertilidade do solo, tecnologia de aplicação e produção orgânica. “Até hoje sigo fazendo o que gosto, que é trabalhar com o produtor rural, trocando informações e ajudando-o a prosperar.”

Para finalizar, o sócio-fundador da Unitec diz que deseja que o cooperativismo se fortaleça cada vez mais como forma de organização social e que os novos associados ajudem a perpetuar a Unitec como grande cooperativa que é atualmente.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação


há 3 anos

Gastronomia à base de peixes é o novo curso lançado pela Unitec

Gastronomia à base de peixes é o novo curso lançado pela Unitec

A Unitec lançou mais uma capacitação em sua plataforma de cursos à distância. Trata-se do curso de gastronomia à base de peixes, que traz informações relevantes sobre a qualidade e conservação de diferentes tipos de pescado de uma forma clara e objetiva, além de apresentar dicas e receitas práticas tendo o peixe como ingrediente principal.

Ministrado pelo zootecnista Miguel Stahl, associado da Unitec, o curso objetiva mostrar ao aluno a forma mais adequada de manusear e conservar o peixe por meio do uso de boas práticas de manipulação.

 “Os participantes aprenderão sobre piscicultura como alimento, importância do pescado na alimentação, boas práticas, caracterização do pescado, estrutura do corpo e músculos, rendimento de carcaça, armazenamento e conservação e receitas como peixe frito, patê, moqueca, filé grelhado, escondidinho com mandioca, pastel frito e bolinho (almôndega)”, explica o profissional.

Stahl possui cursos de produção e reprodução de peixes de água doce em Pirassununga-SP (CEPTA) e de produção e processamento de peixes, sendo produtor de peixes há 26 anos e proprietário de restaurante que serve pratos à base de peixes há 13 anos, além de atuar como instrutor do Senar-RS.

O curso tem duração de quatro horas, com conteúdo expositivos com aulas no formato de vídeos, e oferece certificado. Ele já está disponível na plataforma, que pode ser acessada no endereço unitectm.eadbox.com. Mais informações podem ser obtidas na Unitec, pelo telefone/WhatsApp (55) 3535-2052 ou pelo e-mail [email protected].
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação


há 3 anos

Momento é de alerta e monitoramento da cigarrinha-do-milho, adverte profissional da Unitec

Momento é de alerta e monitoramento da cigarrinha-do-milho, adverte profissional da Unitec

As lavouras de milho da região se encontram nas fases de emergência e quarta folha expandida e a expectativa de produção é muito boa nesta safra, de acordo com o técnico em agropecuária e engenheiro de produção Fábio Luis Dalla Vechia. Associado da Unitec, ele realiza o acompanhamento de lavouras de milho nos municípios de Três de Maio e Tucunduva e também aposta no cultivo deste cereal como produtor.

“As lavouras foram implantadas com alta tecnologia e investimento e, assim, serão conduzidas durante todo seu ciclo em relação aos demais tratos culturais a serem realizados”, explica.

Contudo, tem se constatado a presença da cigarrinha-do-milho nas lavouras, praga que provoca danos nas plantas e, consequentemente, perdas significativas de produção.

O profissional revela que este é o primeiro ano com a presença da cigarrinha-do-milho nas lavouras da região. Por isso, não há como mensurar previamente qual será o potencial de dano causado por ela, mesmo com a adoção de um bom Manejo Integrado de Pragas.

“O ataque da cigarrinha nas lavouras de milho está acontecendo em áreas de toda a região Noroeste, conforme dados de monitoramento que estão sendo realizados em vários municípios da região por equipes técnicas de empresas ligadas ao agronegócio”, acrescenta Dalla Vechia.

Praga afeta desenvolvimento do cultivo do milho, podendo provocar a morte prematura das plantas infectadas
O profissional explica que a cigarrinha é uma praga, transmissora de viroses, que se alimenta da seiva da planta. Desta forma, acaba afetando o desenvolvimento do cultivo, influenciando no tamanho das plantas, na redução de espigas, nos grãos, no sistema radicular, podendo, inclusive, provocar o secamento e a morte prematura das plantas infectadas.

“Observa-se que a cigarrinha realiza sua oviposição, ou seja, deposita seus ovos na epiderme das folhas, junto à nervura central de folhas do cartucho. Ela é o único inseto-vetor responsável pela disseminação dos molicutes, microrganismos patogênicos que sobrevivem apenas na cultura do milho e que provocam o chamado enfezamento do milho. A infecção com molicutes ocorre, frequentemente, nos estágios inicias da cultura. Porém, os sintomas de enfezamento se apresentam no período de enchimento de grãos”, esclarece Dalla Vechia.

O grande problema desta praga, de acordo com o profissional, é que uma vez que a cigarrinha adquire os molicutes, acaba se tornando transmissora por toda a vida. “Aliado a isto está a capacidade de migração do inseto. A praga migra das lavouras mais velhas para as mais novas, infectando cada vez mais áreas. E a presença de plantas tigueras favorecem a permanência da praga nas lavouras, bem como as temperaturas elevadas e o inverno ameno.”

Os períodos de maiores danos do ataque da cigarrinha estão entre os estágios V1 (primeira folha) a V6 (sexta folha), pois é neste momento ocorre a infecção e os sintomas só serão visíveis na fase reprodutiva da cultura. “Existem algumas formas de se controlar as pragas e doenças nas lavouras de milho. O uso de cultivares mais resistentes é um dos métodos mais recomendados e adotados pelos produtores. Mas ainda há poucas informações sobre este aspecto nas cultivares disponíveis no momento”, ressalta.

O controle mais comumente utilizado neste período da cultura é o controle biológico e químico. “O momento é de alerta e monitoramento. Não de pavor, mas atenção, pois esta não é a primeira praga nova a chegar em nossos cultivos e com certeza não será a última. Pelo que se acompanhou em algumas áreas de milho safrinha deste ano, com certeza é uma praga que pode acarretar em grandes perdas na produção de grãos, bem como na produção de matéria verde destinada para silagem”, finaliza Dalla Vechia.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação