há 1 ano

Licenciamento ambiental: quando e por quê fazê-lo?

Licenciamento ambiental: quando e por quê fazê-lo?

Importante instrumento de proteção dos recursos naturais, o licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis a cada caso.

A explicação é da mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental Daniela Sartor, associada da Unitec. Ela, que é engenheira ambiental e sanitarista e engenheira de segurança do trabalho, afirma que, no Rio Grande do Sul, a resolução CONSEMA 372/2018 define quais são os empreendimentos e atividades desenvolvidas que devem apresentar licenciamento ambiental. Ainda, o porte e o potencial poluidor definem se a atividade é passível de licenciamento e qual será o órgão competente, podendo ser municipal ou estadual (FEPAM).

Fases do licenciamento ambiental
Para realizar o licenciamento ambiental é necessário contratar um profissional qualificado, que analisará todas as atividades que se pretende realizar ou que já são realizadas no empreendimento e definirá a licença necessária de acordo com a legislação ambiental. Conforme a profissional, há três principais fases do licenciamento: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

A licença prévia consiste na aprovação da localização e concepção do empreendimento, atividade ou obra, que se encontra na fase preliminar do planejamento, atestando a sua viabilidade ambiental, estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação. 

A licença de instalação é aquela que autoriza a instalação do empreendimento, atividade ou obra de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, fixando cronograma para execução das medidas mitigadoras e da implantação dos sistemas de controle ambiental. 

Já a licença de operação autoriza a execução da atividade, obra ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento das medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas nas licenças anteriores.

“Importante ressaltar que, após a obtenção da licença ambiental, para que permaneça em vigência é necessário cumprir todas as condicionantes nela especificadas”, destaca Daniela.

Quais atividades necessitam de licenciamento ambiental? 
De acordo com a associada da Unitec, dentre as atividades que necessitam de licenciamento ambiental estão as agropecuárias, como irrigação, criação de aves, suínos, animais confinados e piscicultura; as atividades industriais, como olarias, usinas de concreto, fábrica de estruturas e artefatos, funilarias, metalúrgicas, serrarias e marcenarias; além de indústria de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria e cosméticos; e indústrias de artefatos de plásticos e têxtil.

Também precisam do documento que autoriza a instalação empresas de beneficiamento de grãos e sementes, abatedouros, laticínios, padarias, supermercados, gráficas, lavanderias, aterros e processamentos de resíduos sólido, oficinas mecânicas, de chapeação e pintura, loteamentos, tratamento e disposição de efluentes, postos de abastecimento próprio, depósitos de agrotóxico, balneários, laboratórios de análise clínicas, hospitais, clínicas médicas, manejo de vegetação, recuperação de áreas degradadas (PRAD) e demais atividades que possam causar impactos ambientais.

Além da licença ambiental, o empreendimento deve observar outras possíveis exigências, como Cadastro Técnico Federal e Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras (RAPP) no IBAMA; Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) na FEPAM e nacional; e Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).

Ela menciona que incorre no crime ambiental previsto no art. 60 da Lei 9.605/1998 o empreendedor que explorar atividade potencialmente poluidora sem a devida licença ambiental, razão pela qual se faz necessário licenciar o estabelecimento antes que a fiscalização ocorra.

Daniela possui experiência e atualização constante na área ambiental. Associada da Unitec, além da consultoria e assessoria ambiental, ministra palestras para o Senar-RS sobre Educação Ambiental e Segurança nas Atividades Rurais e cursos de Compostagem, Húmus e Substratos; Saneamento Rural e Criação de Peixes de Água Doce.

Interessados em contratar os serviços de licenciamento ambiental devem podem contatar a Unitec pelo telefone/WhatsApp (55) 3535-2052.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação

 


há 1 ano

Agroflorestas: capazes de promover produtividade, rentabilidade e sustentabilidade nas terras agrícolas

Agroflorestas: capazes de promover produtividade, rentabilidade e sustentabilidade nas terras agrícolas

As agroflorestas são sistemas agrícolas que combinam árvores, cultivos agrícolas e, às vezes, animais em uma mesma área. Esses sistemas são projetados para assemelhar-se a estrutura e a função de ecossistemas naturais, aumentando, assim, a diversidade e a produtividade do solo, fazendo um sistema sustentável e cíclico.

A explicação é da bióloga Jéssica Medeiros, associada da Unitec. Ela destaca que as agroflorestas funcionam promovendo interações positivas entre os diferentes componentes, como as árvores, que fornecem sombra, proteção contra erosão e habitat para animais, enquanto os cultivos agrícolas podem fornecer alimentos e renda. “Em um pequeno espaço, é possível produzir madeira, alimento, plantas medicinais, dentre outros, tudo junto, assim como na floresta.”

Ao contrário das monoculturas convencionais, como soja, trigo e milho, em que apenas uma espécie é cultivada em grande escala, as agroflorestas cultivam uma variedade de plantas, muitas vezes incluindo árvores madeireiras, frutíferas, ervas, vegetais e arbustos.

“Essa diversidade pode trazer uma série de benefícios, como maior resistência a pragas e doenças, uso mais eficiente dos recursos naturais e melhoria na retenção de água e solo e uma fonte mais estável de alimentos e renda ao longo do tempo”, acrescenta Jéssica.

Segundo a profissional, as agroflorestas têm recebido atenção especial por sua capacidade única de promover a produtividade, a rentabilidade e a sustentabilidade nas terras agrícolas. “Em resumo, as agroflorestas combinam práticas de restauração ambiental com a produção de alimentos, promovendo, assim, uma agricultura mais sustentável que beneficia tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais.”

Ela segue, enfatizando que “produzimos mais na agrofloresta, pois apostamos na sucessão ecológica e na estratificação, ou seja, teremos produção durante todo o ano, e utilizamos todos os espaços verticais e horizontais. Na agrofloresta não é necessário o uso de agrotóxicos, pois o sistema como um todo se mantém saudável: o solo é próspero e rico em nutrientes, e as diferentes espécies interagem de maneira colaborativa. Em muitas situações, a irrigação nem é necessária, pois a matéria orgânica presente no solo retém umidade suficiente para sustentar o sistema apenas com a chuva. Quanto mais plantas são cultivadas e colhidas, melhor o solo se torna. Isso resulta em mais vida e diversidade. Com isso, é possível aumentar a produtividade, reduzir os custos com e irrigação e diminuir insumos.”

Benefícios dos sistemas integrados
Jéssica destaca que estes sistemas integrados oferecem uma série de benefícios, os quais tornam a agricultura mais sustentável, incluindo o estímulo à diversidade biológica: as agroflorestas estabelecem um ambiente rico em diversidade e resistência, proporcionando condições ideais para uma ampla variedade de plantas e animais. Essa maior diversidade não apenas promove a saúde do ecossistema local, mas também desempenha um papel crucial na conservação das espécies nativas e na atração de polinizadores.

Eles também promovem a diversidade de culturas: ao plantar uma variedade de árvores, arbustos e cultivos agrícolas em uma mesma área, as agroflorestas aumentam a diversidade de produtos que podem ser colhidos em diferentes épocas do ano. Isso não só proporciona uma fonte mais estável de alimentos e renda ao longo do tempo, mas também reduz os riscos associados à dependência de uma única cultura.

Ainda, a melhoria da qualidade do solo: as árvores em agroflorestas ajudam a melhorar a estrutura do solo, aumentando sua fertilidade e capacidade de retenção de água, além disso promovem uma vida microbiana saudável, levando a solos mais férteis e úmidos. Isso reduz a erosão do solo e a necessidade de fertilizantes químicos, tornando o sistema mais sustentável a longo prazo.

Ela também destaca o enfrentamento das mudanças climáticas: as agroflorestas desempenham um papel significativo no sequestro de carbono, o que desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas. As árvores e plantas absorvem gás carbônico da atmosfera, contribuindo para a redução do efeito estufa. Além disso, as práticas agroflorestais sustentáveis reduzem a dependência de fertilizantes químicos, o que por sua vez diminui as emissões de gases de efeito estufa.

E, por fim, Jéssica lista os benefícios econômicos: a variedade de produtos provenientes dos sistemas agroflorestais pode criar diversas fontes de renda. Desde frutas até madeira, até ervas medicinais e plantas ornamentais, as agroflorestas oferecem uma variedade extensa de oportunidades de mercado. Além disso, a maior resistência desses sistemas pode resultar em uma renda mais estável e ecologicamente viável para os agricultores.

Agroflorestas em pequenos espaços
A bióloga explica que é possível aplicar as agroflorestas em pequenos espaços e até mesmo replicar as técnicas agroflorestais em vasos. Por exemplo, em um vaso de dez litros podem ser combinadas as espécies de cenoura e alface.

Segundo ela, as combinações de plantas para agroflorestas podem variar dependendo das condições locais, preferências do agricultor e objetivos específicos do sistema agroflorestal.

No entanto, algumas combinações comuns incluem árvores frutíferas, como mangueira, laranjeira, bananeira em conjunto com culturas anuais, como milho, feijão ou abóbora; e árvores madeireiras, como mogno (Swietenia macrophylla) ou eucalipto (Eucalyptus globulus), com plantas perenes como açafrão, abacateiro e bananeira.

Também árvores fixadoras de nitrogênio, como acácia (Acacia mangium e Acacia auriculiformis) com culturas alimentares como batata ou milho; e árvores para madeira de lei como pau-brasil (Paubrasilia enchinata) e ipê (Tabebuia e Handroanthus) com plantas medicinais como camomila e erva-cidreira.

“As agroflorestas são frequentemente usadas em projetos de recuperação de áreas degradadas, como antigas áreas de mineração ou pastagens abandonadas. Elas ajudam a restaurar a saúde do solo e da vegetação, transformando áreas improdutivas em ecossistemas produtivos e diversificados”, finaliza.

Jéssica reside em Santo Ângelo e é mestranda em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis, especialista em Auditoria e Perícia Ambiental e estudante de Pedagogia. Associada da Unitec há dois anos, atualmente é responsável técnica de projetos na área rural e urbana e atua como instrutora do Senar-RS nos cursos Educação Ambiental; Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas; Saneamento Rural Básico e Reflorestamento, e na palestra de Educação Ambiental. 


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

 


há 1 ano

Associado da Unitec participa do Meat Camp em Botucatu

Associado da Unitec participa do Meat Camp em Botucatu

De 14 a 16 de março o engenheiro agrônomo José Álvaro Pacheco, associado da Unitec, participou do Meat Camp com Roberto Barcellos, em Botucatu - SP. Roberto Barcellos, engenheiro agrônomo com mais de 25 anos de experiência e dedicação no mundo da carne de qualidade, é referência nacional quando o assunto é o desenvolvimento de marcas de qualidade e consultorias, desde a cadeia produtiva da pecuária até o varejo de carne.

“Evento muito bem organizado e de muito boa qualidade técnica, com uma gama enorme de informações sobre o assunto. O que mais me chamou atenção foi a evolução da qualidade da carne no Brasil, onde até as raças zebuínas apresentam uma evolução enorme por meio da utilização de melhoramento genético, manejo e nutrição animal”, avalia.

Pacheco, que é sócio-fundador e diretor de finanças da cooperativa, conta que integrou uma delegação gaúcha, composta por aproximadamente 30 pessoas dos diversos setores da cadeia da carne, desde a produção até o varejo, a fim de buscar mais qualificação. 

“Participei do evento porque trabalho há muitos anos em uma parte da cadeia da carne, que é a produção. Participei de vários projetos através do Programa Juntos para Competir (Senar-RS e Sebrae RS), como Integração Lavoura-Pecuária e Desenvolver a Pecuária de Corte na Costa do Rio Uruguai, e vi neste evento a oportunidade de buscar mais conhecimentos relacionados a toda a cadeia, desde a porteira até o consumidor”, enfatiza.

O encontro teve como objetivo reunir produtores, frigoríficos, restaurantes e lojas de carne de qualidade para que todos tenham uma noção de como funciona toda a cadeia e as dificuldades que cada uma apresenta.

“Para isto foram apresentadas técnicas de produção de carne, cases de sucesso na produção e comercialização de carnes, além de tendências de produtos para gastronomia por meio de aulas práticas de desossa e técnicas de preparação de carnes suínas, bovinas e ovinas”, afirma Pacheco.

O profissional revela que já participou de outros eventos com Barcellos, e destaca que o consultor é extremamente qualificado no assunto, além de ser um empresário na comercialização de carnes e produtos afins com sua marca. “Barcellos é hoje um dos expoentes sobre o assunto no Brasil. Todos gostaram do evento e voltaram motivados para suas atividades”, finaliza.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

 


há 1 ano

Izabel Dalemolle assume a presidência da Unitec

Izabel Dalemolle assume a presidência da Unitec

Na noite de sexta-feira, 22 de março, a Cooperativa de Trabalho dos Técnicos do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unitec) realizou sua Assembleia Geral Ordinária na modalidade semipresencial (presencial e on-line).

Tendo por local a sede do Rotary, no Parque de Exposições Germano Dockhorn, de Três de Maio, o encontro reuniu associados que puderam conferir a prestação de contas dos órgãos de administração referente ao exercício 2023, compreendendo relatório da gestão, balanço geral e demonstrativo das sobras apuradas, destinação das sobras apuradas e eleição e posse dos novos integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal da cooperativa. Também foi abordada a fixação do valor dos honorários da diretoria e apresentados e aprovados os novos sócios.

O presidente da Unitec, Fábio José Turra, saudou os associados presentes e a integrante do Conselho de Administração Izabel Cristina Dalemolle apresentou os números referentes ao último ano. Ela destacou o crescimento de mais de 30% no faturamento da Unitec e o aumento no número de associados.

O associado Marcelino Colla, sócio-fundador e presidente da cooperativa nos últimos 12 anos, também ressaltou o aumento de mais de 50% nas sobras distribuídas aos associados em relação a 2022.

Ele, que deixou a presidência em julho, enfatizou a grande liquidez da Unitec e o orgulho em fazer parte de uma cooperativa sólida, reconhecida por sua transparência, seriedade e profissionalismo em todo o país.

Atualmente, a Unitec conta com 182 associados que atuam em diversos ramos, com atuação em todo o Brasil.

Sócia-fundadora assume a presidência da Unitec
Para os próximos três anos, a sócia-fundadora Izabel Cristina Dalemolle estará à frente da Unitec. Ela assume como diretora-presidente da cooperativa, acompanhada de Fábio José Turra como diretor 1º secretário, Luiz Marcos Thomas como diretor 2º secretário e José Álvaro Pacheco como diretor de finanças. Os associados Paulo André Klarmann, Fábio Luiz Dalla Vechia, Kátia Regional Balz Schneider e Adriane Froeder Kleinpaul também integram o Conselho de Administração da cooperativa.

Já o Conselho Fiscal é composto pelas associadas Tânia Muniz, Fabiele Beckert e Adriane Spohr, como titulares, e como suplentes tem os associados Rogério Ressel, Dilmar Cenedese e Daniela Sartor.

Após a assembleia os associados presentes confraternizaram em um jantar.
 

Texto e fotos: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999

 


há 1 ano

Mulheres em Campo: ampliando o protagonismo feminino na administração das empresas rurais

Mulheres em Campo: ampliando o protagonismo feminino na administração das empresas rurais

Despertar o interesse pela gestão e, assim, ampliar o protagonismo feminino na administração das empresas rurais. Foi com este objetivo que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) desenvolveu o Programa Mulheres em Campo, voltado para produtoras e trabalhadoras rurais que desejam adquirir conhecimento para contribuir mais com o sucesso das propriedades.

O programa desenvolve competências de empreendedorismo e gestão, orienta na descoberta do potencial de cada participante e da propriedade e ensina a planejar e a transformar uma atividade em negócio.

A instrutora do Senar-RS Cláudia Heck, associada da Unitec, atua neste programa há mais de um ano e, até o momento, ministrou a capacitação para 20 grupos em toda região, em comunidades pertencentes ao meio rural, nos municípios de Cerro Largo, Mato Queimado, Guarani das Missões, São Miguel das Missões, Entre-Ijuís, Porto Xavier, Campina das Missões, São Pedro do Butiá, Roque Gonzales, Salvador das Missões, Rolador, Giruá e Santo Antônio das Missões. E, hoje, está conduzindo mais duas turmas do programa, e a agenda continua para o decorrer deste ano.

O Programa Mulheres em Campo é formado por cinco encontros presenciais, com oito horas cada, totalizando 40 horas, e é realizado uma vez na semana. Os conteúdos abordados em cada encontro são diagnóstico e empreendedorismo, planejamento, custos de produção, indicadores de viabilidade e comercialização, e desenvolvimento pessoal.

Durante os encontros, as mulheres participam de discussões, dinâmicas, atividades de grupo, realizam atividades individuais e com suas famílias. Também fazem estudos de caso e outras formas de exposição, que tornam o aprendizado mais efetivo e interessante.

Programa auxilia participantes a aprimorarem competências e habilidades
“Atuar no Mulheres em Campo está sendo uma experiência incrível, e a cada encontro me encanto mais, pois ele foi desenvolvido especialmente para mulheres produtoras rurais, promovendo competências de empreendedorismo e gestão, visando o desenvolvimento pessoal e da propriedade rural. O programa melhora a autoestima, pois a mulher começa a perceber do que ela é capaz e, junto a isto, melhora a qualidade de vida da família”, revela Cláudia.

Conforme a instrutora, é possível visualizar que as mulheres que residem no meio rural possuem grandes competências e habilidades, e o curso auxilia no desenvolvimento destas incentivando à atuação destas como protagonistas.  “É um orgulho poder levar conhecimento para as mulheres do agro, e vejo o quanto estas trabalham, seja na horta, na lavoura, na atividade leiteira, no serviço doméstico, no cuidado com os filhos e com a família.”

Ela afirma que também sente que, ao findar cada curso, deixa um grande aprendizado para as participantes, pois a cartilha disponibilizada pelo Senar-RS traz um conteúdo excelente e, além disso, trabalha com outros materiais complementares.

“No decorrer dos módulos as mulheres participam de dinâmicas, atividades individuais, em grupo e também atividades que realizam em casa juntamente com a família. Além disso, no encontro do módulo 4 é realizada ‘uma feirinha’, que torna o aprendizado efetivo e interessante, pois valoriza o produto de cada uma delas, ao mesmo tempo em que possibilita analisar a viabilidade do negócio e comercialização, tornando o aprendizado efetivo.”

Cláudia conta que, a cada curso, se emociona ao receber inúmeros feedbacks positivos do quanto faz a diferença na vida de cada uma que participa, seja na vida de empreendedora, familiar, da propriedade e, principalmente, pessoal. “Até agora, os 20 cursos realizados deixaram um legado importante e cada umas das comunidades deixa saudades e muitas amizades. Isto também vai ao encontro de gostar do que se faz, e eu gosto muito de atuar nesta área. O meu trabalho vai além de levar o conhecimento: o que eu gosto e almejo é poder fazer a diferença de forma positiva na vida das pessoas que participam de qualquer uma das oito áreas que estou habilitada para atuar via Senar-RS, pela Unitec, sejam palestras, programas ou cursos.”

Quem participa aprova e recomenda!
Andressa Belarmino, de Linha Santo Antônio, interior de Cerro Largo, conta que participou do primeiro Programa Mulheres em Campo ministrado pela instrutora Cláudia, no início de 2023.

“Decidi participar do curso porque moro e trabalho no interior. Já tinha comércio, mas ainda não sabia ao certo como precificar, o que logo aprendi durante os módulos do programa. Foi muito importante para meu desenvolvimento pessoal e profissional. Indico para todas as mulheres que moram no campo, pois o programa nos ensina lições valiosas para a vida.”

Viviane Inês Schmidt, que reside em Linha Santa Terezinha, interior de São Pedro do Butiá, também participou do programa no ano passado a convite da Emater/RS-Ascar local por ter participado já de outros cursos do Senar-RS e, sabendo da importância destes cursos, aceitou participar.

“O curso foi muito bom e produtivo. Me ajudou a conhecer um pouco mais a minha propriedade, algo que acho muito importante para o sucesso dela, já que as mulheres estão cada vez mais trabalhando e assumindo papéis importantes em todos os tipos de negócios. Durante o programa, cada participante teve a oportunidade de trabalhar a viabilidade de um negócio, desde o conhecimento do mercado, custos de produção e principalmente a precificação da mercadoria, sabendo assim se seria viável e rentável."

Ivete Sirlei Henzel, de Linha Ressaca, interior de Campina das Missões, relembra com carinho do módulo sobre vendas, no fim do programa, quando as participantes teriam que apresentar algum produto para comercializar.

“Foi aí que eu resolvi fazer pão de milho para degustação no dia da apresentação. A equipe do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campina das Missões, que me convidou para o programa, provou meu pão e aí tudo começou. Fui produzindo pães para venda; na primeira semana eram três pães de milho, e depois foi aumentando. E então passei a produzir também pão branco e de centeio. Hoje faço 13 pães por semana, e com isso tenho um bom lucro; é uma renda extra. Este aprendizado tive no decorrer do programa, ao qual sou grata.”

Parcerias são importantes para a mobilização dos grupos e viabilidade do programa
Para participar do curso é necessário que a mulher tenha no mínimo 16 anos de idade e escolaridade mínima de 5ª ano do Ensino Fundamental (antiga 4ª série). Interessadas em participar devem contatar o Sindicato Rural ou Sindicato dos Trabalhadores Rurais mais próximo e solicitar o curso, que precisa de no mínimo dez e no máximo 12 participantes. Elas também podem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar e as secretarias de agricultura do município em que residem.

“Outros parceiros muito importantes para a concretização destes 18 cursos realizados no decorrer do ano foram a Cresol e a Sicredi, que em muitas das localidades estiveram presentes colaborando com recurso financeiro para apoio nos eventos, bem como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)”, explica.

“Este ano 2024 iniciou com um número significativo de turmas formadas e que estão participando do Programa Mulheres em Campo. A ideia é levar para todas as comunidades rurais da região da Associação dos Municípios das Missões que ainda não tiveram a oportunidade de participar deste programa maravilhoso, e o mais importante, por meio de parcerias, unindo forças. Juntos somos mais e conseguimos atingir um maior público”, ressalta.

A gerente de agência da Sicredi União RS/ES de Vila Catarina, em Salvador das Missões, Tatiane Ines Hahn, afirma que o compromisso da cooperativa com as regiões onde estamos presentes vai além dos serviços financeiros, incluindo incentivo - por meios de programas e iniciativas - à educação de forma geral e financeira, à diversidade, ao protagonismo, ao desenvolvimento local e a sustentabilidade. “Por isso, o apoio ao Programa Mulheres em Campo do Senar-RS vem ao encontro do nosso trabalho, pois desenvolve o protagonismo e empreendedorismo para produtoras rurais, contribuindo para o desenvolvimento do campo.”

O gerente da agência da Sicredi União RS/ES de São Pedro do Butiá, Jonas Scherf, declara que “observamos grande protagonismo e evolução das nossas mulheres guerreiras, que com conhecimento aliado as práticas de gestão vêm apoiando e desenvolvendo suas propriedades rurais, mostrando que os desafios do dia a dia podem ser superados. Eficiência, relacionamento e bem-estar são alguns dentre tantos pontos positivos observados neste programa, e nós do Sicredi apoiamos este e outros projetos, todos importantes para o desenvolvimento pessoal e profissional que melhoram a qualidade de vida das pessoas e da sociedade.”

A gerente Pessoa Física da Cresol de São Pedro do Butiá, Dione Cagliari, evidencia que a cooperativa apoia o Programa Mulheres no Campo porque acredita no protagonismo feminino que qual desenvolve e motiva as mulheres do campo a ajudarem a melhorar a administração de sua propriedade. “A Cresol acredita que, através dos projetos, sejam eles de educação ou formação profissional, se possibilita a construção de um futuro melhor.”

A extensionista rural social da Emater/RS-Ascar de São Pedro do Butiá, Marlene Jacinta Anschau, destaca a importância dos conteúdos trabalhados em cada módulo do programa, bem como o desenvolvimento dos grupos. “A instrutora Cláudia sempre foi muito eficaz e objetiva, aplicando uma ótima didática na condução dos módulos, o que fez com que as participantes mantessem o interesse no curso e tivessem assiduidade. Esta capacitação possibilitou que as mulheres aprendessem que são capazes e fazem a diferença na propriedade. Só tenho a agradecer por esta bela parceria!”


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação