há 3 dias

De participante a instrutor, e de aluno a tutor

De participante a instrutor, e de aluno a tutor

A educação, aliada à qualificação profissional no meio rural, transforma rotinas e amplia oportunidades. Entre essas histórias está a de Odirlei Costa, associado da Unitec, que iniciou sua trajetória como participante de cursos do Senar-RS, avançou como aluno e hoje atua como instrutor e tutor da instituição.

Seu percurso na entidade ilustra como a formação continuada pode redefinir caminhos no campo, despertando habilidades e promovendo encontros que mudam rumos.

Em um intervalo de alguns anos, Odirlei percorreu novamente esse caminho, desta vez não mais como participante e aluno, mas como instrutor e tutor, devolvendo ao campo parte do conhecimento recebido.

De porteiras abertas para o aprendizado, conheceu o Senar-RS ao participar de cursos ainda durante a graduação em Engenharia Florestal. Ele conta que o primeiro curso realizado foi o de Reflorestamento. “Participei desse curso e, depois, sempre que tive oportunidade, fiz outros. Desde aquela época também realizo cursos pela plataforma EaD do Senar”, relata.

Anos depois, em 2016, Odirlei soube da oferta do Curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no Senar em Cruz Alta, e passou a integrar a primeira turma. “Fiquei sabendo da oferta por e-mail, pois já realizava os cursos na plataforma EaD do Senar. Recebi a informação sobre o início das inscrições, me inscrevi, fui aprovado e iniciamos as aulas em março de 2016. A formatura ocorreu em março de 2018”, lembra.

Alguns anos após a conclusão do curso, o egresso retornou às mesmas salas de aula, desta vez como tutor, compartilhando o conhecimento adquirido.

Educação e capacitação que transformam e fazem a diferença no campo
Odirlei foi credenciado no Senar-RS no fim de 2022 e iniciou a atuação como instrutor no início de 2023. “Já no primeiro curso que realizei na faculdade, em que o instrutor era o hoje colega engenheiro florestal Roberto Magnos Ferron, despertou o interesse em, um dia, também me tornar instrutor”, recorda.

Atualmente, ele ministra os cursos Básico de GPS - Sistema de Posicionamento Global, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Educação Ambiental, Fruticultura - Tecnologia de Poda, Jardinagem, Implantação do Pomar e Tratos Culturais e Reflorestamento.

Ele define como gratificante o trabalho como instrutor. “O compartilhamento do conhecimento com os participantes durante os cursos é uma realização pessoal e profissional. A troca de experiências proporciona desenvolvimento coletivo e aprimoramento das habilidades pessoais.”

Segundo ele, ser instrutor credenciado no Senar-RS traz um sentimento de propósito, por contribuir de forma positiva com as pessoas atendidas pelos cursos.

Na sala de aula, a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiência
Junto à instrutoria, veio o convite para atuar como tutor presencial no polo de Cruz Alta, no mesmo curso do qual é egresso. No segundo semestre de 2023, cinco anos após a formatura, Odirlei iniciou a atuação como tutor presencial no polo e passou a ministrar as unidades curriculares Assessoria, Consultoria e Inovação no Agronegócio e Planejamento da Produção e Sustentabilidade do Agronegócio.

Para Odirlei, ser tutor representa a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiência na área rural, contribuindo para o desenvolvimento profissional de alunos e para o fortalecimento do setor agropecuário. 

Ele destaca que ter sido aluno da primeira turma do Curso Técnico em Agronegócio e retornar como tutor é reviver uma história marcada por amizades e aprendizado profissional, agora transmitido aos novos alunos que trilham o mesmo caminho em busca de novas realizações.

Evolução que é motivo de orgulho e motivação
O também tutor presencial do Senar no polo de Cruz Alta Marcelino Colla foi professor de Odirlei ao longo do curso e foi o docente homenageado na formatura.

Ele, que presta serviços ao Senar-RS desde a criação da entidade, há 33 anos, recorda que a primeira turma do Curso Técnico em Agronegócio em Cruz Alta foi marcada pela diversidade de profissionais, vindos de vários municípios, o que enriquecia o debate sobre o agronegócio e promovia grande engajamento dos alunos, como no caso de Odirlei.

Para Colla, ver o ex-aluno hoje como colega no Senar-RS e na Unitec é motivo de satisfação. “Vê-lo atuando como instrutor e tutor é a concretização do que foi prospectado. Ter um egresso do curso contribuindo com a formação de novos profissionais é a realização de um professor, pois vemos o conhecimento sendo multiplicado.” 

“Ter ex-alunos evoluindo é um combustível! Me enche de energia para continuar transmitindo aquilo em que acredito. É motivador, e assim também seguimos evoluindo”, completa. Atualmente, Colla atua no curso como tutor na orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).

A presidente da Unitec, Izabel Cristina Dalemolle, também instrutora do Senar-RS, destaca que é gratificante acompanhar a evolução profissional de um associado.

“Essa trajetória não é apenas um marco pessoal e profissional para o Odirlei, mas uma inspiração para todos. Estamos sempre aprendendo, e essa evolução traz novas experiências e conhecimentos que beneficiam a coletividade”, ressalta.

O supervisor regional do Senar-RS Diego da Silva Coimbra, afirma que acompanha o trabalho de Odirlei desde o início de sua atuação na instituição. “Já fui instrutor em outras épocas e conheço os desafios da profissão. Ele é um instrutor diferenciado, pois atua com profissionalismo e dedicação, trazendo técnicas, informações e desenvolvendo novas habilidades nas pessoas que participam de seus cursos”, finaliza.

Odirlei reside em Horizontina e é engenheiro florestal e engenheiro agrônomo, com especialização em Gerenciamento Ambiental. Também é técnico em Agronegócio, técnico em Administração e, atualmente, é estudante do Curso Técnico em Fruticultura no Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria.


Texto e fotos: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999

 


há 1 semana

No meio rural, a soldagem é uma habilidade que faz diferença no dia a dia das propriedades

No meio rural, a soldagem é uma habilidade que faz diferença no dia a dia das propriedades

Além das faíscas que chamam atenção em qualquer oficina, a soldagem é uma atividade que combina técnica, concentração e responsabilidade. Utilizada para construir, reparar e transformar estruturas, ela demanda preparo e domínio de equipamentos específicos.

Presente em praticamente todos os setores produtivos, do agronegócio à indústria pesada, a soldagem exige precisão, conhecimento e atenção constante às normas de segurança.

No meio rural, essa habilidade faz diferença no dia a dia das propriedades. Seja na manutenção de implementos agrícolas, na recuperação de cercas e estruturas ou na adaptação de peças, o produtor depende de intervenções rápidas e bem feitas para não comprometer o ritmo do trabalho.

O Senar-RS conta com o curso Soldador Rural, voltado a esta área. O instrutor Marcio Garcia Bugert, associado à Unitec, ministra a capacitação.

Segundo ele, a soldagem no meio rural tem características próprias, pois geralmente ocorre em ambientes abertos, com recursos limitados, peças grandes e necessidade de reparos rápidos. 

“Temos alguns cuidados, técnicas e desafios típicos dessa realidade. As condições ambientais adversas são uma delas: vento, chuva, poeira e terra interferem diretamente na qualidade da solda, e pode ser necessário improvisar barreiras contra vento e sombra. Também podemos encontrar falta de infraestrutura, pois nem sempre há oficina, bancada, proteção contra intempéries ou energia estável. E às vezes depende-se de gerador, que pode fornecer energia irregular”, afirma.

Ele também cita o uso frequente de soluções improvisadas. “Peças de reposição podem estar distantes, levando a adaptações momentâneas. É preciso cuidado para que o provisório não se torne definitivo e inseguro.”

Existe, ainda, o risco de incêndios, pois o campo é rico em palha, pó de grãos, óleo e combustível. “Soldar próximo a materiais secos aumenta o risco de queimadas”, acrescenta.

Outro desafio é a necessidade de reparos urgentes, já que a quebra de máquinas durante plantio ou colheita exigem agilidade, aumentando a pressão pelo conserto rápido, o que pode comprometer a segurança.

Para Márcio, conhecer o tipo de metal a ser soldado, realizar o preparo adequado e respeitar normas técnicas também são pontos críticos para o produtor. Ele reforça que é essencial usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscara de solda com filtro adequado, luvas, avental de raspa, botina e proteção respiratória quando necessário.

“Outro cuidado fundamental é observar o ambiente de trabalho, evitando riscos como incêndio, queimaduras e inalação de fumos metálicos. Além disso, o soldador deve sempre verificar as condições dos equipamentos utilizados, para garantir segurança adequada durante a execução da tarefa”, ressalta.

Capacitação proporciona transformação prática e imediata, com troca de experiências 
Durante o curso, com duração de 24 horas (três dias), são transmitidos conteúdos como conceitos básicos, equipamentos e EPIs, consumíveis, preparação da junta, técnicas de soldagem, defeitos e correções, segurança e boas práticas para soldagem no meio rural. A parte prática inclui a execução de soldas em chapas de diferentes espessuras e o ajuste de parâmetros conforme o tipo de trabalho.

Sobre o que mais gosta nos cursos que ministra, Márcio destaca a percepção da transformação prática e imediata. “No meio rural, o aprendizado vira resultado muito rápido. O aluno aprende uma técnica e logo está recuperando um implemento, consertando um suporte ou reforçando um chassi. A sensação de utilidade imediata é muito forte, e isso torna o ensino mais gratificante.”

Ele também ressalta a interação com pessoas que aprendem fazendo. Segundo Márcio, os participantes do campo geralmente têm forte senso prático, disposição para ‘botar a mão na massa’ e criatividade para resolver problemas reais. Assim, o aprendizado flui com naturalidade porque a soldagem faz parte do dia a dia deles, mesmo que de forma empírica.

O profissional diz apreciar ainda a troca de experiências reais, quando os participantes trazem histórias do cotidiano, tornando o curso aplicado e enriquecendo o conhecimento de todos.

“Ensinar a prevenir problemas, e não apenas reparar, é muito gratificante. Muita coisa no meio rural quebra por desgaste, falta de reforço estrutural ou soldas antigas mal executadas. Mostrar como identificar pontos de fadiga, como preparar melhor a junta e quando reforçar ao invés de ‘apenas soldar por cima’, ajuda os produtores a economizar tempo e dinheiro.”

Os participantes também desenvolvem criatividade para o improviso, mas com segurança. “É comum que falte ferramenta, peça ou consumível. Ensinar como improvisar com bom senso e como evitar improvisos perigosos é um dos pontos mais interessantes e desafiadores”, relata.

Outro aspecto importante é o senso de comunidade. “Os cursos costumam envolver colegas da mesma região, produtores vizinhos e familiares que trabalham juntos. O clima é acolhedor, e o aprendizado vira quase um encontro de comunidade”, finaliza.

Márcio é engenheiro mecânico e pós-graduado em Engenharia de Produção e Física, com experiência na indústria, nos segmentos de celulose e papel, petroquímica e indústria química.

Reside em Guaíba e ingressou como instrutor do Senar-RS em março de 2024. Além do curso Soldador Rural, está credenciado a ministrar os cursos Eletricista Rural e NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho - Inflamáveis e Combustíveis para Trabalhadores no Meio Rural.

Interessados em participar dos cursos do Senar-RS devem procurar o Sindicato Rural de seu município ou região.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

 


há 2 semanas

Unitec conta com serviço de assistência técnica para o controle da qualidade do leite

Unitec conta com serviço de assistência técnica para o controle da qualidade do leite

A assistência técnica voltada ao controle da qualidade do leite desempenha um papel essencial para garantir a segurança alimentar e a valorização da cadeia produtiva.

A Unitec disponibiliza este serviço em seu portfólio. Por meio de orientações especializadas, os produtores recebem suporte para aprimorar práticas de manejo, higiene, armazenamento e transporte, assegurando que o leite chegue às indústrias dentro dos padrões exigidos.

A associada Fernanda Zalamena Golin desenvolve esta atividade. Ela é técnica em Agropecuária, médica veterinária e reside em Tuparendi. Integrante do quadro social da cooperativa desde 2019, ela reforça que o trabalho é realizado em parceria com entidades sérias, que levantam uma lista de produtores com potencial para iniciar o acompanhamento.

“Começamos com mudanças no teste de Contagem de Células Somáticas (CCS) individual, que é um indicador da qualidade do leite e da saúde da glândula mamária da vaca. Ele já nos dá um norte para sabermos quais são os animais mais afetados e que causam impacto maior no tanque”, detalha Fernanda.

Ela afirma que também é acompanhada a ordenha e realizado o teste de CMT (California Mastitis Test), método que diagnostica mastite subclínica em vacas leiteiras, identificando a quantidade de células somáticas no leite. “Após acompanhar o manejo, fazemos algumas alterações na ordenha e na rotina com os animais e, depois disso, avaliamos os resultados”, destaca a profissional.

Segundo a profissional, a região ainda é carente de informações corretas e acessíveis”. “Muitos produtores não crescem e não permanecem na atividade não por falta de vontade, mas por falta de conhecimento. Geralmente, os projetos que realizam envolvem mais ajustes de manejo e rotina do que investimentos em estrutura ou aquisição de animais. Melhoramos o que eles já têm.”

Fernanda conta que, desde o primeiro semestre da faculdade, foi bolsista e atuou em laboratório de pesquisa e em propriedades leiteiras, e nas férias realizava estágios. “Iniciei a carreira trabalhando com vendas, mas meu amor pelo funcionamento das propriedades sempre falou mais alto. Em 2019 fui técnica de campo do Programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, e hoje tenho muita procura de propriedades que não param de crescer e me fazem buscar sempre mais conhecimento”, finaliza.

Interessados em contratar o serviço podem entrar em contato com a Unitec, localizada na Avenida Santa Rosa, 301, em Três de Maio, ou pelo telefone/WhatsApp (55) 3535-2052.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

 


há 3 semanas

Turismo rural proporciona experiências memoráveis criadas por meio de vivências, sabores e saberes encontrados no meio rural

Turismo rural proporciona experiências memoráveis criadas por meio de vivências, sabores e saberes encontrados no meio rural

Conexão com a natureza, tranquilidade e belas paisagens, aliadas a experiências memoráveis criadas por meio de vivências, sabores e saberes encontrados no meio rural. É isso que o turismo rural - um setor que está em ascensão - proporciona.

A avaliação é da turismóloga Cristiane Maia Tolotti, associada da Unitec. Residente em Guaíba, é instrutora do Senar-RS e atua no Programa Turismo Rural.

Segundo Cristiane, o crescimento do setor se intensificou, especialmente, no período pós-pandemia. “Percebemos uma circulação de turistas em busca de lugares que proporcionem vivências rurais únicas e acolhedoras.”

Nesse sentido, ela cita o Relatório Global de Tendências de Viagens 2026, intitulado “The Whycation: Travel’s New Starting Point” (O Porquê das Férias: Um Novo Ponto de Partida para Viajar), lançado pela Hilton Worldwide, gigante global da hospitalidade presente em 139 países e territórios.

“O documento revelou que o futuro das viagens não começa mais com o ‘onde’, mas com o ‘por quê’. Ou seja, o foco se desloca do destino para o sentido”, afirma.

A pesquisa, realiza com 14 mil viajantes em 14 países, incluindo o Brasil, mostra que 56% das pessoas viajam para descansar e 73% buscam experiências fluidas, leves, com conexão humana real.

“O luxo, antes medido pelo número de estrelas do hotel, agora é medido pela quantidade de paz interior que cabe na mala. Ou seja, o turismo está deixando de ser uma atividade de consumo e se transformando em uma atividade de consciência”, destaca.

Programa Turismo Rural do Senar-RS impulsiona a criação de novos negócios rurais
Com 19 anos de atuação no setor de turismo e eventos, Cristiane é associada à Unitec desde 2023 e tornou-se instrutora do Senar-RS em 2024, atuando no Programa Turismo Rural. Atualmente, conduz o programa em dez municípios de diferentes regiões do Estado.

O programa tem como objetivo identificar e implantar negócios de turismo rural ambientalmente corretos, alinhados às habilidades e vocações do produtor e da sua família, possibilitando a diversificação e o aumento da renda na propriedade.

A instrutora explica que são 220 horas de formação, divididas em nove módulos que abordam conteúdos voltados a identificar e desenvolver produtos, atrativos e experiências turísticas, agregando novas oportunidades de renda às propriedades.

“Trabalhamos também o resgate e a valorização da identidade local, proporcionando reconhecimento através dos turistas. Os módulos envolvem temas como acolhimento, hospedagem, gastronomia, desenvolvimento de trilhas ecológicas, comercialização de produtos da agricultura familiar e artesanato, além da gestão dos empreendimentos turísticos”, detalha Cristiane.

A turismóloga afirma que o que mais aprecia nas atividades que ministra é a oportunidade de contribuir para a mudança de percepção das pessoas em relação ao turismo, mostrando possibilidades reais de agregar valor às propriedades.

“Ver a transformação das pessoas e dos lugares onde vivem é muito gratificante. É muito mais do que simplesmente criar produtos e atrativos turísticos: é fazer com que as famílias se sintam valorizadas pelo trabalho que realizam no campo.”

Portaria do Ministério do Turismo regulamenta a inclusão de agricultores familiares e produtores rurais no Cadastur
Em setembro, durante a Expointer, o turismo rural eu um importante passo com a publicação de uma portaria do Ministério do Turismo que tornou o Rio Grande do Sul pioneiro na implementação do Cadastur (sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo (sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo) para produtores rurais.

A iniciativa tem como base a Lei nº 14.978/2024, que atualizou a Lei Geral do Turismo, e permite que os agricultores familiares e produtores rurais ofereçam atividades turísticas, como hospedagem rural, alimentação e bebidas, comercialização de produtos, visitas e vivências nas propriedades rurais, de forma complementar à atividade principal. Isso garante que não haja descaracterização da condição de produtor rural para fins legais, mantendo seus direitos e benefícios fiscais e previdenciários.

Interessados em participar do Programa Turismo Rural do Senar-RS devem procurar o Sindicato Rural de seu município ou região.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação

 


há 1 mês

Associado da Unitec ministra consultoria sobre boas práticas de coleta e transporte de leite

Associado da Unitec ministra consultoria sobre boas práticas de coleta e transporte de leite

Garantir a qualidade do leite, desde a ordenha até a chegada à indústria, é essencial para a segurança alimentar e para a valorização do produto. Com o objetivo de orientar transportadores sobre procedimentos corretos que asseguram a integridade e a qualidade do alimento, o Senar-RS oferece a consultoria Boas Práticas de Coleta e Transporte de Leite.

A atividade é desenvolvida pelo associado Tarso Quedi Palma, engenheiro agrônomo residente em Palmeira das Missões. Ele explica que o trabalho é realizado com transportadores de leite vinculados a laticínios.

A capacitação, com carga horária de oito horas, é teórico-prática. “Na teoria, abrangemos todas as etapas de como coletar e transportar o leite, seguindo as normas das Instruções Normativas 76 e 77. Na prática, observamos o resultado de uma amostra por meio do teste do Alizarol (análise para verificar se o leite está normal, ácido ou alcalino)”, explica Tarso.

Desafios dos transportadores
Conforme Tarso, os transportadores de leite têm um papel fundamental na manutenção da qualidade do produto desde a fazenda até o laticínio. E os desafios são muitos, tanto técnicos quanto relacionados à gestão e ao cumprimento das normas sanitárias.

Um dos principais é a manutenção da cadeia do frio. “O leite precisa ser mantido a temperaturas de 2ºC a 4ºC desde a coleta até a chegada ao laticínio. Demoras no percurso, atrasos nas coletas e falta de monitoramento da temperatura aumentam a contagem bacteriana e o risco de rejeição do leite.”

Outro aspecto é a higienização dos tanques e equipamentos. Limpeza inadequada pode causar contaminações cruzadas. Os transportadores devem manter rotinas rigorosas de limpeza e sanitização e conhecer os produtos de limpeza alcalinos, ácidos e sanitizantes utilizados.

O setor também exige rastreabilidade do leite, como origem, produtor, horário de coleta, temperatura e amostras. Assim, é necessário que os profissionais se adaptem à digitalização para garantir registros confiáveis.

Rotas longas e estradas em más condições são desafios frequentes. Por isso, é importante manter regularidade no horário de chegada às propriedades.

O associado da Unitec destaca que muitos problemas ocorrem durante a coleta das amostras, como falta de homogeneização do leite antes da coleta, uso de frascos ou conservantes inadequados e transporte de amostras fora da temperatura ideal.

Segundo a normativa, os transportadores devem participar de, no mínimo, duas capacitações por ano.

‘O transportador é um agente de qualidade do leite, representando a empresa diante do produtor e do laticínio’
Para Tarso, o transportador não é apenas um motorista. Ele é um agente de qualidade do leite, representando a empresa diante do produtor e do laticínio. Por isso, deve compreender os requisitos de qualidade, higiene e conservação, operar corretamente mangueiras, bombas e termômetros, dominar os procedimentos de coleta de amostras, saber agir diante de imprevistos e prezar pela pontualidade e pela do leite.

Também é essencial que atue com honestidade e transparência, mantenha boa comunicação e tenha postura cordial. Além disso, deve apresentar-se com uniformes limpos, manter boa higiene pessoal, realizar a lavagem correta dos utensílios e zelar pela qualidade do produto.

“A importância dos transportadores dentro da cadeia leiteira é tão grande quanto a do produtor. De nada adianta o produtor trabalhar corretamente para garantir a qualidade do leite se o transportador realizar a coleta de forma inadequada”, afirma.

Ao finalizar, o profissional destaca que a qualidade desejada pelo consumidor depende do “Tripé da Qualidade do Leite”: produtor, transportador e indústria. “Todos precisam fazer a sua parte, sempre observando a legislação.”

Engenheiro agrônomo com 43 anos de experiência, Tarso atuou por 20 anos com grãos em cooperativas de produção e, há 23 anos, dedica-se ao setor leiteiro. Integra a Unitec, prestando serviços ao Senar-RS há 12 anos, e é credenciado nas consultorias Manejo da Ordenha e Qualidade do Leite, Nutrição do Gado Leiteiro e Boas Práticas de Coleta e Transporte do Leite. Também atua no Programa Leitec, em consultorias pelo Programa PISA (Produção Integrada em Sistemas Agropecuários) e em consultorias de Ordenha e Qualidade do Leite.

Interessados em participar dos eventos do Senar-RS devem procurar o Sindicato Rural de seu município ou região.


Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação