A Cooperativa de Trabalho dos Técnicos do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unitec) inova e lança mais um serviço: controle biológico de lagartas e percevejos em culturas regionais.

O projeto tem como objetivo reduzir custos de aplicação de inseticidas nas culturas, garantindo a sustentabilidade da produção das diversas culturas de grãos e pastagens cultivadas. O responsável pelo projeto, engenheiro agrônomo José Álvaro Pacheco, explica que este trabalho visa a utilização de insetos entomófagos, ou seja, parasitoides de insetos pragas que causam danos econômicos para as culturas de importância econômica.

“Estamos trazendo para a região uma forma inovadora de monitorar e reproduzir o inimigo natural: a reprodução on farm, que permite que o produtor reproduza seu próprio inimigo natural no momento que ele necessita, não dependendo das biofábricas, que atualmente estão longe das propriedades”, acrescenta Pacheco, que é associado da Unitec.

O projeto está sendo desenvolvido pela equipe técnica da Unitec, em parceria com a Usina de Produção de BioInsumos da Setrem, que tem como responsável a Drª Cinei Teresinha Riffel, entomologista, que ofertará os ovos do hospedeiro (substrato) do parasitoide. “Este é um serviço que será oferecido aos produtores, com acompanhamento técnico desde o monitoramento das lavouras, por meio de batidas de pano ou utilização de iscas com feromônios, distribuídas estrategicamente nas lavouras, a fim de identificar tanto os insetos presentes como seu nível de infestação e, assim, caso necessário, fazer a distribuição dos parasitoides visando o controle da evolução dos insetos pragas”, afirma Pacheco.

O engenheiro agrônomo esclarece que, quando houver a necessidade da dispersão dos parasitoides, serão utilizados drones dotados de dispersores calibrados, para as doses recomendadas em cada caso. “O drone utiliza georreferenciamento e câmera de vídeo que pode fazer imagens da lavoura ao mesmo tempo que está fazendo a dispersão dos ovos dos parasitoides.”

Segundo o cooperado, este trabalho irá reduzir custos de aplicação, evitar perdas por amassamento nas lavouras, além de retirar do tanque de pulverização os inseticidas, que muitas vezes podem causar problemas de antagonismos, quando aplicados juntos com os fungicidas e outros produtos adicionados. “Certamente este fator poderá melhorar a eficiência das preparações de caldas e potencializar o princípio ativo dos demais produtos. Além disso, destaco que um dos pontos importantes deste trabalho é voltarmos a exercitar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas lavouras, prática abandonada por muitos produtores, mas que garante um melhor equilíbrio dos agroecossistemas e reduz custos de produção”, finaliza.
 

Texto e foto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999