Junto com o início do segundo semestre do ano, vem um novo ano agrícola e em vigor um novo Plano Safra, anunciado no fim de junho. Ao mesmo tempo, vem a preocupação dos agricultores em fechar as contas no fim de mais um período de plantio e colheita.

Para o técnico agrícola Luiz Marcos Thomas, associado da Unitec, neste novo ano agrícola, a classe do agro tem um novo e grande desafio: fazer o planejamento baseado em um pacote de crédito rural oficial com os custos um pouco mais elevados, além dos já conhecidos custos dos insumos muito inflacionados e que continuam em plena ascensão.

“Estamos inseridos em uma região predominante de pequenos e médios produtores, que sentirão uma considerável elevação dos custos para formar a lavouras ou custear os rebanhos em suas propriedades. Também sentirão uma elevação dos custos financeiros quando forem buscar recursos financeiros para tal fim”, afirma.

Thomas explica as diferenças do custo dos financiamentos no ano agrícola 21/22, quando a taxa de juros para a Agricultura Familiar (Pronaf) para custeio oscilava entre 3,0 e 4,0% anuais e a alíquota de Proagro ficava em 3,8% sobre o valor da operação e para os médios produtores (Pronamp) era de 6,0% anuais e alíquota de Proagro de 5,0 % sobre o valor financiado para as culturas de verão.

“Para o novo ano agrícola, foram anunciados juros entre 5,0 e 6,0% anuais para Pronaf e de 5,50 a 8,0% anuais para os médios produtores, dependendo da cultura ou criação desenvolvida na propriedade, e para a agricultura empresarial ainda será disponibilizada uma livre negociação entre o agente financeiro e o empreendedor rural. As alíquotas de Proagro foram majoradas para 5,5% até 10,0%, dependendo da cultura, sendo a de trigo com a maior alíquota”, acrescenta.

Conforme o associado da Unitec, o novo plano agrícola para a próxima safra vai disponibilizar um bom volume de recursos, com promessa de aumento na ordem de 35% em relação ao ano anterior, mas isto não significa que o produtor terá tarefa fácil para fechar as contas, pois o custo dos principais  insumos (sementes, fertilizantes, defensivos e combustíveis) registra uma alta média entre 35 a 45% em relação ao ano anterior, somado a majoração dos custos financeiros (juros e alíquotas de Proagro e Seguro Rural).

Além destas dificuldades, Thomas ressalta que o produtor também está enfrentando restrições para investir na infraestrutura de sua matriz produtiva, uma vez que não houve reajuste nos tetos de financiamentos, o que dificultará a renovação da frota de maquinário, implementos e ou construções de sistemas novos na produção leiteira e suinícola, além de reformas de benfeitorias e de recuperação e fertilização do solo, uma vez que estes itens tiveram uma considerável alta nos preços e vai estagnar o crescimento das pequena e médias  propriedades rurais.

“Levando em conta este contexto, salientamos a importância de o produtor fazer um planejamento para todo o ano agrícola, levando em conta a formação das lavouras de verão e do inverno e dos investimentos necessários para a continuidade do bom desempenho em termos produtivos e da saúde financeira de seus empreendimentos”, finaliza o técnico agrícola.

A Unitec disponibiliza profissionais capacitados e com longa experiência para orientar e auxiliar no planejamento e encaminhar os projetos às instituições financeiras, agilizando a liberação dos recursos e o adequado enquadramento de cada produtor rural. Interessados em contratar o serviço podem contatar a Unitec, pelo telefone/WhatsApp (55) 3535-2052.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação