“Como sócio-fundador, sempre me senti parte da empresa e tenho orgulho de fazer parte desta cooperativa, que para mim é exemplo gestão, transparência e baixo custo operacional a ser seguido por todos os ramos de cooperativas, visto o fracasso e extinção de algumas cooperativas gaúchas.”

A afirmação é do engenheiro agrônomo Ari Luiz Benedetti, que integra o grupo de sócios-fundadores da Unitec. Natural de David Canabarro, reside atualmente em Passo Fundo. Especialista em Bovinos de Leite e mestre em Administração, hoje realiza palestras técnicas, cursos de capacitação em 16 modalidades pelo Senar-RS e consultorias técnicas também pelo Senar-RS, nas áreas de pecuária de leite e administração.

Para ele, alguns fatos marcantes da época da formação da Unitec foram a constituição da cooperativa e as primeiras semanas de trabalho, nas quais calculava o ganho comparado com o emprego formal. “A liberdade profissional para atuar e se especializar, a insegurança financeira em algum período por baixa oferta de trabalho e o trabalho realizado com atuação em muitos municípios e com número elevado de pessoas atingidas são fatos que permearam esta caminhada exitosa”, reconhece.

Conforme Benedetti, a caminhada de trabalho junto à Unitec proporcionou situações inesquecíveis. “Trabalhar como autônomo permitiu um amplo conhecimento do agronegócio no Rio Grande do Sul, bem como vivenciar costumes e culturas de acordo com as origens e entender o exemplo de trabalho e dedicação da mulher do campo no cuidado da casa, produção de hortifrúti, animais, família e ajuda no trabalho das atividades para comercialização. Ele acrescenta o fato de ter sido escolhido o instrutor padrão do Senar-RS em 2003, tendo o reconhecimento do trabalho pelas pessoas atingidas e a conquista da confiança dos produtores rurais.”

Mas nem só de momento felizes se deu o trabalho. O sócio-fundador da Unitec relata algumas situações difíceis vividas, como estradas intransitáveis em alguns municípios, o grande número de vezes em que se perdeu em estradas nunca transitadas e em comunidades distantes, onde o sinal da antena de celular funcionava apenas próximo da igreja, além da carência de bons projetos para o setor rural por parte das prefeituras em muitos municípios.

“Sobre o sentimento que tenho por fazer parte da formação da cooperativa e permanecer até hoje integrando o grupo, posso dizer que pertenço a uma família unida e sólida, a qual nos proporcionou uma renda satisfatória, sem pressão psicológica, possibilitando a realização de um trabalho com metodologias e áreas, propiciando a satisfação profissional”, acrescenta.

Ao finalizar, Benedetti destaca que o cooperativismo é uma modalidade de negócio que fortalece todas as pessoas que dele fazem parte, desde que possua um ótimo regimento e estatuto social e adote uma gestão que respeite os direitos de seus associados e que estes cumpram seus deveres.
 

Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Foto: Divulgação