A tarde ensolarada de 21 de setembro, quarta-feira, foi de intenso movimento no Parque de Exposições Germano Dockhorn, de Três de Maio. O primeiro dia da Expo Terneira contou com o Dia de Campo do Agronegócio, no Espaço Agro.

Os participantes foram divididos em grupos, a fim de facilitar a visitação nas estações. Conforme a coordenadora da Comissão do Agronegócio da feira, Izabel Cristina Dalemolle, que é diretora primeira secretária da Unitec, o evento reuniu mais de cem participantes, dentre produtores rurais, profissionais da área e estudantes. 

“O Espaço Agro é um local novo na feira, preparado em virtude da importância que o agronegócio possui para a região e para o país. A agricultura passa por uma transformação e é fundamental que os produtores estejam munidos das informações para fazerem escolhas cada vez melhores em suas propriedades. E o dia de campo tem avaliação muito positiva. O público gostou dos assuntos abordados nas seis estações, que, aliás, apresentaram níveis excelentes de informações e conhecimentos transmitidos aos participantes. As empresas prepararam ótimos ambientes de difusão de tecnologia”, destacou Izabel.

Tecnologia de aplicação
A primeira estação ocorreu no estande da Emater/RS-Ascar. Conforme o engenheiro agrônomo Fábio Karlec, o foco do bate-papo foi sobre tecnologia de aplicação. “Compartilhamos informações sobre condições ambientais e de pontas de pulverização adequadas para evitar perdas por deriva e maximizar a eficiência das aplicações de defensivos.” 

Além disso, os participantes ouviram sobre a conscientização das aplicações de defensivos, principalmente inseticidas de baixa seletividade aos inimigos naturais e principalmente às abelhas. Na área do dia de campo, os agricultores puderam observar que grande quantidade dessas abelhas que trabalham como polinizadores, aumentando a produtividade dos cultivos agrícolas, e muitas vezes polinizadores não são levados em consideração no momento das aplicações.

“Cerca de 45% das aplicações efetuadas não atingem o alvo (insetos, plantas daninhas, doenças) e nosso desafio como extensão rural é diminuir esse percentual, usando de informação e tecnologias disponíveis para evitar perdas por deriva e garantir uma maior eficiência e eficácia dos produtos utilizados hoje com o mínimo de contaminação ambiental e segurança do aplicador.”

Cultivares de trigo, triticale e controle biológico de pragas
A segunda estação foi realizada no estande da Setrem, em que abordou sobre cultivares de trigo e triticale e também sobre controle biológico de pragas, apresentados, respectivamente, pelo coordenador do curso de Agronomia da Setrem, Marcos Caraffa, e pela professora do curso de Agronomia, Cinei Riffel.

Caraffa explicou que o espaço da Setrem conta com ensaios de trigo e triticale com cultivares da Embrapa Trigo, desenvolvidos pelo Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, de Passo Fundo, dentre eles o BRS Reponte, BRS TR271 e BRS Zênite (triticale). 

Cinei apresentou sobre o controle biológico de pragas em culturas como trigo, canola, milho e soja. A Acobio (Agentes de Controle Biológico) - uma empresa que integra a Incubadora Setrem - é o laboratório de agentes de controle biológico da instituição, que produz inimigos naturais para controle de lagartas e percevejos e agora mais recentemente de inimigos naturais para controle de pulgões.

Ensaios com cultivares de trigo e triticale
Na sequência, na Mais Agronegócios, a estação demonstrou ensaios com cultivares de trigo da Biotrigo, da Embrapa e da UR Sementes, e uma cultivar de triticale da Embrapa. De acordo com o sócio-proprietário da empresa, Charles Neuhaus, o momento contou com a presença dos parceiros da ZT Sementes e da Tombini Sementes. “O dia de campo é uma oportunidade excepcional para apresentar, in loco, as variedades disponíveis e como elas se desenvolvem. É uma vitrine para negócios futuros”, completou.

Manejo de solo e nutrição de plantas
No estande da Agrosol, o engenheiro agrônomo e especialista em nutrição de plantas e fertilidade de solos, Fernando Fin dos Santos, abordou sobre manejo de solo e nutrição de plantas. 

“Solo é processo, depois se parte para produto e genética”, iniciou a explanação. No espaço da empresa, foi possível conferir algumas análises diferenciadas da solução do solo, bem como o que está disponível para as plantas, complementando com análise de folha e seu balanço nutricional, a fim de verificar se errou ou acertou na adubação de base e se pode complementar com outra formulação de nutrientes. 

“O intuito básico é equilibrar nutricionalmente a planta para produzir o que o produtor almeja. Solo é um tema complexo, por isso a busca constante de aperfeiçoamento para entender e utilizar de ferramentas e diagnósticos. Nosso intuito é transmitir o conhecimento ao produtor e auxiliá-lo neste processo. O dia de campo é um evento de difusão muito importante para nós”, disse Fernando.

Cultivares de trigo e tecnologias para tratamento de sementes
Na quinta estação, no estande da Tarumã, foram apresentados produtos e serviços da empresa para um público bastante abrangente. “Os participantes puderam conferir um campo com parcelas de cultivares de trigo multiplicadas pela Tarumã Sementes, bem como tecnologias para tratamento de sementes com as parceiras Biotrigo, Vital Agro e Syngenta, que também apresentou o Miravis, novo fungicida para cultura do trigo”, destacou a engenheira agrônoma e gerente da filial da Tarumã de Três de Maio, Silvana Fin. “O Dia de Campo do Agronegócio foi muito produtivo”, acrescentou.

Novas tecnologias e novos cultivares
E a sexta e última estação ocorreu no espaço da Rural Mais Agronegócios. Para o gerente local da empresa, Jean Marin, o propósito foi trazer inovação, apresentando novas tecnologias e novos cultivares aos participantes, pois o maior valor agregado está em agregar conhecimento e produtividade ao produtor.

“Parceiros como Sementes Costa Beber apresentaram novos cultivares de trigo, a Oro Agri trouxe tecnologia de aplicação, novos herbicidas e antideriva, e a Stoller abordou sobre novas tecnologias no tratamento de sementes com produtos sintéticos a base de hormônios, que estimulam a planta a uma maior produtividade final”, disse.
 

Texto e fotos: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999